A Transição Digital, como todas as grandes revoluções industriais do passado, não é um desafio meramente tecnológico.
É um desafio que implica, acima de tudo, mudanças de atitude, comportamentos e competências das pessoas e do modo como as empresas e as entidades públicas se organizam internamente e se relacionam com os seus parceiros.
O XXII Governo Constitucional de Portugal elegeu no seu programa a Transição Digital como um dos quatro desafios estratégicos para o quadriénio 2019-2023, a par da ação climática, da resposta ao desafio demográfico e da redução das desigualdades.
Com a dissolução da Assembleia da República em dezembro de 2021 e a consequente convocação de eleições legislativas, justifica-se a elaboração do presente documento, numa dupla perspetiva de transparência e prestação de contas públicas do trabalho desenvolvido e dos resultados alcançados (pese embora a interrupção do ciclo de quatro anos para o qual o plano foi desenhado), mas igualmente de estruturação de uma base de informação e de trabalho para o Governo que vier a ser formado na sequência dos resultados eleitorais de 30 de janeiro de 2022.
Este documento pretende ser, por isso, simultaneamente, uma breve resenha histórica, uma fotografia do estado atual de evolução das iniciativas e um contributo de identificação do que o atual Executivo entende serem os próximos passos a dar para a continuidade da política pública neste domínio. A transição digital é um desígnio consensual, supra-ideológico e incontornável, pelo que as iniciativas concluídas e as que se encontram em curso, estruturadas em torno do PATD – Plano de Ação para a Transição Digital, constituem uma fundação sólida para a continuação de um trabalho que, estamos certos, colocará Portugal entre os líderes digitais da União Europeia.
Portugal, uma Nação Digital.